Hoje é domingo
e estou só.
Lá fora brilha a vida.
Os bares se enchem
e as garrafas se esvaziam.
Namorados se encontram
e se perdem em abraços.
Freneticamente se utilizam
de um dia não útil.
O domingo embriaga
e o calor abafa.
O homem sorri
o que chorou na semana.
Espera a missa das sete
e toma o porre das oito.
Lamenta o correr das horas
que se arrastam na semana.
Maldito operário do tempo
que só se esforça aos domingos!
No meu apartamento
o relógio boceja.
O brilho da vida
nem dá sinal de vida.
Porque estou só.
E não há domingo que resista
à solidão de um pessimista.
(Iano Salomão de Campos, do livro "Bissexto")
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário