Desculpa o meu amar demais
que foi capaz, diversas vezes
fazer, como em seguidas viuvezes,
correr de teus olhos mananciais
que surgem de um passado doído,
nascente ressentida de outrora,
perdoado, mas não esquecido,
reconstruído pela mágoa do agora.
Nosso amor à tudo resistiu,
insistiu em sobreviver, sem pudor
em se mostrar forte frente ao vil,
ao abjeto e desprezível torpor
Asquerosa mania de culpar o passado...
esse construtor da memória
que insiste em fatos de glória,
mas se corrói com o que não foi anistiado.
Assim devo reaprender a te amar:
Preservando tudo em você que me agrada,
e sufocando o que me vilipendia
mesmo que de uma forma vadia
demover a concórdia adulterada.
(Yussef Salomão)
quinta-feira, 10 de junho de 2010
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Entendi. Graças ao Aurélio. Boa.
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