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sábado, 26 de junho de 2010

SAMBA DO DESCOMPASSO

Acaso ela não volte.......
não esqueça o tamborim.
Caso acordes desafinados,
num pretenso “cavaquim”!

Traga farta cerveja gelada.
Traga também um ombro amigo.
Traga toda a amargura.
Traga dor dum samba`guerrido.

Afine descompasso com sutileza.
Abrace a cerva sobre a mesa.
Assine o samba da tristeza.
Arraste o gingado sem destreza.

Atraía o som da melancolia.
Abstraia luxúria e fidalguia.
Extraia do cavaco nostalgia.
No solitário palco à boemia.

E quando o desalento tamborim,
subtrair toda a esperança.
E quando do pretenso fim,
não merecer última dança.
E quando o adeus do Querubim,
for a última lembrança.
Procure na incerteza da vida,
algo que a razão não alcança.

E se da porta escurecida,
desgastada do jazigo...
surgir de modo repentino,
formoso rosto conhecido...
Trazendo na bagagem da vida,
chama de amor antigo....
Que durante prematura infância,
fez juras de amor comigo!

Quem sabe o agonizante samba,
não acelere o tamborim.
Quem sabe o puxador,
não cante O Amor enfim.
Quem sabe a vistosa sambista,
não se engrace pra mim
Quem sabe o samba pulsante
Traga a vida, inusitado fim!!!!!

(Felipe Morais Barbosa)

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