Amo-te como quem toca um violão:
Em silêncio, em harmonia,
Mesmo dissonante na menor melodia
À luz do dia com a alma errante.
Acaricio teus cabelos como se cordas fossem,
Afago-te os seios como em um acorde trôpego,
Envolvo-te em meus braços num encaixe perfeito,
Feito isso, mergulho em teus lábios, já sem fôlego.
Amo-te como um sopro ao vento,
Contribuição inócua própria dos amantes,
Mas repleto de canção, dor e lamento,
Triste pela nota dispersa em vão assobio.
Assim, adio meu tormento,
Cancelo meu sorriso,
Caminho sujo, tonto e vadio
E divulgo todo meu sofrimento.
Amo-te, simplesmente, amo-te.
Distante porque amo-te.
Perdido já que amo-te.
E, assim, sofro, castigo-me e puno-me.
Ainda amo-te.
Yussef, 12/09/2009 – Pelotas-RS
domingo, 22 de agosto de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário