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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Poeta No-Turno

Em meio a madruga,
Um vulto seminu,
Com uma tosse taluda,
Peteleca uma binga,
Que salta da janela
Como um vaga-lume suicida.

O ar da noite, suga,
Puro Feijão Cru.
Fareja, talvez, a tartaruga.
- Meleca de catinga !
Some na luz que há nela.
Inda não é a despedida

Volta, com certeza.
Solta um putamerda !
Pintou a inspiração,
Ou pela falta dela.
Levanta da telinha
Roda e deságua na janela

Volta, com firmeza.
Outro putamerda !
Faz frio, faz não.
Um poema ou ela ?
Desliga a telinha.
Roda e deságua dentro dela.

(Baptistinha, 1995)

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