Muitos, são poucos
Quando se confrontam.
Se tornam loucos.
O berro vira sussurro.
Os olhos no chão.
As mãos se procuram,
Num ato inseguro.
Poucos, são muitos,
Quando se encontram.
O silêncio é um grito.
Um soco no queixo.
O pé, no colo desse chão,
Afaga a terra feito mão.
- Não quero, não deixo !
Muitos, são muitos,
Para muito poucos.
(Baptistinha, 1968)
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
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