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domingo, 22 de agosto de 2010

Cadência, amor, cadência!

Exige-me vagar e paciência,
pé ante pé no furor de meu amor,
ansioso, valente e cheio de despudor
na espera, apesar de sua indolência.

Furto-te, agora, horas e beijos
Como investimento nos dias porvir
e com o pensamento em meu devir
a saber que sem ti todo me aleijo.

Cadência, amor, cadência?

Nosso amor não é samba-canção,
que se constrói em valores vadios,
em arrependimentos tardios
ou em convulsões do coração.

Embora os entraves passados,
não há de vingar toda aquela dor
deixe teu carinho e sorriso desatados
e corre para os meus braços repleta de amor.

Yussef Salomão, 25/09/2009

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