A Vida, amiga, não é água com açúcar
É luta, é guerra com petardo de bazuca
Sujeita a tombo, cacetada e esparrela
E você pensa que eu não faço gosto dela ?
Onda caixote, dessas que roubam calção,
Agulha e linha pra quem tem vista cansada,
Sol de meio dia pra cacunda branquicela
E você pensa que eu não faço gosto dela ?
Batata quente, sem bebida ao alcance,
Bola na área, gol perdido num relance,
É mordida na língua, é pingo de vela
E você pensa que eu não faço gosto dela ?
Chefe zangado, empregado indolente,
Papo de gente burra, que se acha inteligente,
Faca nas costas, gargalhada amarela,
E você pensa que eu não faço gosto dela ?
Imprevisível, é vontade de mulher.
Jogo de azar, esperar volta da sorte
Qualquer hora passa o bastão pra morte
Esta sim, amiga, eu não faço gosto dela ...
(Baptistinha, 1977)
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
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